25 de março de 2014



AULAS DE REFORÇO: A CAPACIDADE DE PERCEPÇÃO DAS REAIS DIFICULDADES DOS ESTUDANTES

Sérgio da Costa Kaisa3, Rosane Vilela Sales2, Admur Severino Pamplona1
           (1) Professor-orientador e coordenador do PIBID Matemática; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Campus Universitário do Araguaia; Universidade Federal de Mato Grosso
(2) Bolsista PIBID Matemática; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Campus Universitário do Araguaia; Universidade Federal de Mato Grosso
(3) Bolsista PIBID Matemática; Instituto de Ciências Exatas e da Terra; Campus Universitário do Araguaia; Universidade Federal de Mato Grosso

1 - Introdução

A finalidade deste trabalho no primeiro semestre deste ano de dois mil e treze na escola parceira Irmã Diva Pimentel foi de atuar em salas de aulas para aplicar uma revisão de conteúdos de ensino fundamental durante as aulas de reforço. Como nós pibidianos já tínhamos conhecimento de uma pesquisa exploratória por meio da qual relatava a estrutura física e organizacional da escola e que tomava como partida contatos diretamente com membros da instituição de ensino na qual estes foram entrevistados. Além disso, presenciamos algumas atividades escolares e registramos informações sobre o gosto dos alunos em relação à Matemática bem como a falta de motivação, na qual a maior parte dos alunos coloca obstáculos nos conteúdos que os professores aplicam em sala de aula. Por meio destas ações, observamos a diversidade do sujeito, dos valores, dos saberes e das atitudes presentes neste ambiente escolar. Observamos, sobretudo, que seria possível oferecer auxílio a estudantes que, ao ingressarem no Ensino Médio, apresentam dificuldades matemáticas capazes de comprometerem o desenvolvimento da aprendizagem no decorrer de atuação durante o ano por não lembrarem conteúdos anteriores nesta disciplina.

2 - Material e Métodos 


Durante as reuniões do PIBID promovidas no Laboratório de Educação Matemática em meados do mês de fevereiro do presente ano, nós bolsistas juntamente com o coordenador de área e a professora supervisora discutimos quais os conteúdos seriam ministrados aos alunos das seis turmas do 1º Ano do Ensino Médio do turno matutino, quais seriam os pré-requisitos necessários e que estratégias poderiam ser capazes de minimizar as dificuldades encontradas pela maior parte dos alunos.
Decidiu-se, então, pela confecção de uma apostila para reforço em Matemática Básica. A apostila continha 56 páginas, misturando-se conteúdos de vários livros didáticos e com bastantes exercícios para fixação de aprendizagem. Esta apostila foi utilizada no desenvolvimento das aulas que foram executadas no período de 25 a 28 de fevereiro deste ano, em dois horários, ambos no período vespertino, contrário, entretanto, ao período normal de aula. Cada aluno-bolsista ficou responsável por uma turma, ação no qual foi auxiliado por um colega do PIBID.

3 - Resultado e discussão


Os estudantes, em sua maioria, comportaram-se bem e participaram ativamente da resolução dos exercícios propostos tanto em seus cadernos quanto diante do quadro-negro. Ao final de cada aula, era passada uma lista de presença que posteriormente foi repassada para a professora supervisora e servia como registro de participação de cada um. Além disso, os cadernos eram vistados.
O trabalho de ensino-aprendizagem realizado nas turmas do 1º Ano nesta ação foi de suma importância para o nosso aprendizado como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência pelo fato de nosso envolvimento tanto na avaliação e produção da apostila quanto no desenvolvimento da capacidade de percepção das reais dificuldades dos alunos.
Decidimos, pois, por dar uma maior ênfase a alguns conteúdos básicos da disciplina, tais como, as propriedades das potências, notação científica e raízes quadrada e cúbica, nos quais muitos alunos enfrentam as maiores dificuldades.
Após a realização desta ação, sentimos em sala de aula uma melhora significativa do rendimento cognitivo dos estudantes que participaram efetivamente dos quatro dias de reforço escolar e isso vem colaborando para o desenvolvimento das atividades propostas.
De acordo com Silva (2009), a partir das experiências vivenciadas, detectamos que a quantidade de alunos em uma mesma sala de aula durante as aulas de reforço deve ser diminuída, ao passo que a sala destinada ao reforço é identificada geralmente por estudantes que merecem atenção individualizada no que tange o desenvolvimento do processo de aprendizagem.
Para que as aulas de reforço alcançassem os objetivos traçados previamente foi necessário um cuidado com o planejamento, a metodologia aplicada, estratégias e definição de metas e trabalho em equipe.
Finalmente, enfatizamos que esta ação ocorrida no início do ano letivo, além de minimizar possíveis problemas dos estudantes, foi capaz de criar um elo entre os bolsistas do PIBID e os alunos que estavam ali presentes, algo que contribuiu para as demais ações que temos empreendido no decorrer do ano.

4 - Conclusões


Avaliamos, pois, que as ações promovidas pelo PIBID Matemática na Escola Estadual Irmã Diva Pimentel têm conseguido alcançar grandes resultados e melhorado o desempenho de muitos estudantes. As aulas de reforço escolar são relevantes para o avanço dos conteúdos aplicados pelo professor em sala de aula que, na maioria das vezes, tem que parar suas aulas para fazer a explicação de conteúdos que possivelmente foram vistos e não assimilados pelos estudantes em anos posteriores.
Na Matemática, a revisão é sempre importante porque os conteúdos majoritariamente são interligados e não entendendo algum os alunos podem enfrentar dificuldades de aprendizagem.
Para Oliveira (2010), fica demonstrado o quanto as aulas de reforço são importantes na vida dos alunos, podendo levá-los a ter oportunidades iguais de aprendizagem e tornando-os cidadãos participativos e críticos no que diz respeito ao âmbito de nossa sociedade.

5 - Referências

Silva, Carla Priscila Alves da. O Reforço Escolar e a Melhoria da Aprendizagem dos Educandos, 2009. Disponível em: <http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/o-reforco-escolar-e-a-melhoria-da-apendizagem-dos-educandos-1290785.html> Acesso em: 05 de setembro de 2013.
Oliveira, Borgina das Mercês Teixeira de. Reforço Escolar: Momento Privilegiado para o Aprendizado de Conteúdos Significativos, 2010. Disponível em: <moodle3.mec.gov.br/uft/mod/data/view.php?d=850&advanced=0&paging=&Page
      =17> Acesso em: 05 de setembro de 2013.

6 - Agradecimentos

Ao coordenador de área do PIBID/Matemática Prof. Dr. Admur Severino Pamplona, aos nossos colegas bolsistas, à nossa professora supervisora Patrícia da Costa, à coordenadora Dona Zuleide e aos alunos das turmas do 1º Ano do Ensino Médio, da Escola Estadual Irmã Diva Pimentel e, em especial, à CAPES, a qual tem contribuído efetivamente para a nossa preparação e formação como educadores matemáticos.

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